Quando se fala nas relações de vizinhança no condomínio, as atitudes são muito variadas. Tanto podemos ter situações de indiferença (os vizinhos não se conhecem), como queixas (comportamentos que incomodam) e até elogios (relações empáticas e simpáticas). Na verdade, podemos dizer que há quase tantas opiniões quanto o número de condóminos! No entanto, com os desafios do isolamento social a que a Covid 19 nos obrigou nestes últimos tempos, parece ter emergido uma noção positiva mais alargada sobre os vizinhos.

A vida confinada à fração autónoma onde se vive trouxe novas formas de encarar os relacionamentos, principalmente com aquelas pessoas que habitam ao nosso lado. Começou a haver tempo para pensar nos outros, vontade de ajudar a providenciar bens essenciais a quem deixou de os poder ir buscar e uma igualmente importante vontade de ajudar a passar o tempo, trazendo algum alento e companhia para quebrar o longo período de isolamento.

Muitas pessoas conseguiram, finalmente, conhecer os seus vizinhos, tendo  percebido que, tal como as próprias, também eles são pessoas com defeitos e virtudes – que são humanos, portanto!

E descobriu-se ainda que, dentro de peito de cada vizinho, bate um grande coração que é capaz de pensar para além de si próprio; capaz de sentir as necessidades, as angústias e as tristezas dos outros; capaz de ajudar, de sorrir e fazer sorrir!

É importante que, mesmo depois de ultrapassada esta difícil fase, os condóminos se lembrem que somos assim: capazes de ser e de dar ao vizinho o seu  melhor, para lá de qualquer crise e tragédia. Por isso, desejamos que o termo “vizinhança” seja sempre significado de solidariedade, compromisso coletivo, tolerância, respeito e gentileza – áreas em que, aliás, os Portugueses já provaram ser mestres!

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