Conservar e manter um edifício podem ser tarefas sensíveis e algo complexas com as quais, muitas vezes, os condóminos têm alguma dificuldade em lidar. Segundo João Mateus, licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, “a durabilidade de um edifício tem de ser assegurada no projeto e na construção do mesmo, através da definição de materiais e produtos adequados ao meio ambiente onde se insere e através da sua aplicação de acordo com as boas regras da construção”. Este engenheiro, responsável por diversas obras realizadas de Norte a Sul do País, considera mesmo que partindo desse pressuposto, a conservação será assegurada por uma boa manutenção dos revestimentos exteriores, coberturas e vãos exteriores, elementos que são o garante de boas condições de impermeabilização, térmicas e acústicas.

No entanto, é essencial que se garanta a utilização de materiais de revestimento que assegurem a impermeabilização do interior, que resistam aos agentes agressivos do meio ambiente onde se inserem e que sejam duráveis, de modo a aumentar a periodicidade de manutenção.

É importante ter em conta que um prédio que tenha paredes exteriores, cobertura e vãos exteriores com boas capacidades térmicas está, à partida, mais preparado. O essencial é manter a fração quente e evitar as trocas energéticas entre o interior e o exterior – no inverno a maior temperatura está no interior do apartamento e a menor no exterior, pelo que o calor sai se não for devidamente “barrado”.

João Mateus adianta ainda que “preservar não é só uma questão técnica, sendo, acima de tudo, uma questão de educação. Havendo boas regras de condomínio, educação e respeito no seu cumprimento, a conservação e a boa vizinhança mais facilmente estarão asseguradas”.

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