O franchising em Portugal é um conceito maduro e atractivo tanto para as empresas, que aceleram os seus processos de expansão, como para os empresários, que aderem a um negócio já testado. mas neste casamento entre franquiador franquiado nem tudo é fácil durante todo o tempo, que o diga Paulo Antunes da Loja do Condomínio, fundador de um dos mais bem sucedidos negócios do franchising nacional.

Gerem edifícios emblemáticos como a Torre de São Rafael, no Parque das Nações, em Lisboa, eempreendimentos complexos como edifícios com campos de golfe, como em Vilamoura. Facturaram 1,9 milhões de euros em 2015 e têm 73 lojas em lodo o país – mas nenhuma pertence directamente à empresa fundada e liderada por Paulo Antunes. A Loja do Condomínio, criada desde o inicio já a pensar neste modelo de negócio, é um dos casos mais conhecidos e mais bem-sucedidos de franchisingem Portugal.
O 22.º Censo do Franchising em Portugal, relativo à actividade de 2016, publicado pelo Instituto de informação em Franchising, mostra que há 574 franquias activas no país que movimentam cerca de 5,2 mil milhões de euros e são responsáveis por quase 118 mil empregos – ou 2,6% do emprego no país.
Ao contrário da maioria das marcas, a Loja do Condomínio nunca teve lojas próprias – começaram logo a franchisar o conceito, com as primeiras lojas-píloro a serem lideradas por pessoas do círculo mais próximo de Paulo e da sua mulher. “O teste e o conceito nem sequer foi feito sob a marca Loja do Condomínio. Já tinha sido feito antes”, explica Paulo à FORBES. O fundador e a sua mulher fizeram esse teste nas empresas que tinham antes deste projecto, fundado em 2002: um franchising da imobiliária ERA da responsabilidade de Paulo, e uma empresa de gestão de condomínios, onde a sua mulher trabalhava.
No início da década passada, resolveram criar um negocio próprio na área da gestão de condomínios aproveitando esse know-how prévio. A proposta de diferenciação passaria pela criação de uma marca e por soluções tecnológicas para a gestão de condomínios, uma novidade na altura. “Posso dizer que, em 2001, o software mais sofisticado na gestão de condomínios era o Excel”, graceja. Investiram do próprio bolso 250 mil euros. que foram aplicados principalmente no desenvolvimento dessas valências tecnológicas, num período de preparação que durou um ano. Em 2002 lançavam o projecto. Na primeira semana de actividade “de rua”, abriram quatro lojas. Os franchisados eram todos do círculo pessoal de Paulo e da sua mulher, e dois deles já proprietários de empresas da área.
(…)
in Forbes Portugal
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